Câncer de Esôfago

Autores: Agnaldo Viana Pereira Neto1, Dr. 2

1 Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Medicina
2 Gastroenterologista

 

O que é?

É uma neoplasia (alteração celular que acarreta a um crescimento exagerado de um determinado tipo de células) fortemente relacionada com fatores nutricionais e hábitos de vida como consumo de alcool e tabagismo. No Brasil, 5.000 pessoa morrem anualmente, dados do Instituto Nacional do Câncer de 2006. Tem uma frequência maior em homens (3 vezes mais chance) e incide principalmente na 6ª decada de vida, raramente antes dos 30 anos.


Como acontece?

O surgimento de uma neoplasia ocorre a partir de uma desregulação do equilíbrio de uma célula que passa a se multiplicar indevidamente. No caso do câncer de esôfago, vários fatores de risco estão associados como: Fumo e Alcool; ingestão acidental ou proposital de substâncias causticas; deficiências de vitaminas como A e C; baixo nível socio-economico; ingestão de alimentos quentes (incidência elevadas em países como a China e região Sul do Brasil devido ao consumo de chimarrão).


O que se sente?

O sintoma mais comum é a dificuldade de deglutir (disfagia) que ocorre em 80 a 90% dos casos. Essa dificuldade ocorre por conta da obstrução que a massa causa na luz do esôfago. Pode vir acompanhada de dor continua e dor ao deglutir. Lesões mais avançadas podem cursar com mal hálito, aumento da salivação e até rouquidão. Vale lembrar que esses são sintomas bastante inespecíficos e que a presença deles não significam que o paciente possui esse câncer. O médico é quem vai dar diganóstico.


Como o médico diagnóstica?

O exame de escolha para sua identificação é a Endoscopia Digestiva Alta (EDA). As vezes é necessário o médico lançar mão de uma biópsia no momento da EDA, mas a própria visualização direta da lesão já define diagnóstico. Uma vez identificado são feitos outros estudos com raio-x, tomografia computadorizada e broncoscopia.


Como tratar?

O tratamento de escolha é a esofagectomia, retirada cirurgica do pedaço de esofago afetado. É um tratamento radical mas necessário pois na maioria dos casos trata-se de uma neoplasia maligna. Há outros casos em que a lesão é pequena e apenas uma ressecção com endoscópio resolve. Noutras, em que não há mais condições de retirar a neoplasia pois a mesma já se espalhou pode-se realizar ressectomias parciais que não curam, mas melhoram a qualidade de vida do paciente. Nesses casos é que a cirurgia não pode ser realizada tem papel importantíssimo a radioterapia, com boas taxas de sucesso mas com grandes taxas de recorrência.

 

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